Peter Houghton, o paciente que vivia há mais tempo com um coração artificial, morreu mês passado, na sua cidade, Birminghan, na Inglaterra, aos 68 anos. A causa da morte foi falência múltipla dos órgãos, mas o paciente só foi oficialmente declarado morto, quando os médicos desligaram a bateria do coração artificial.Houghton recebeu o coração artificial Jarvick 2000, em junho de 2000, três anos após ter sofrido um forte ataque cardíaco provocado por um vírus de gripe. O aparelho foi implantado em no John Radcliffe Hospital, em Oxford, sendo a primeira vez que o coração artificial inventado pelo Dr. Robert Jarvick era testado em seres humanos.
O coração artificial é usado no paciente até que seja encontrado um coração transplantado, mas no caso de Houghton ele foi sendo deixado devido as suas condições físicas. Anteriormente, outros seis pacientes morreram antes de receber o coração transplantado, usando o mesmo tipo de coração artificial.
Recentemente, Houghton havia dito em uma entrevista que o coração artificial o havia deixado com o coração frio ou sem coração e ele havia se tornado muito menos emotivo. Antes de ter o ataque cardíaco, Houghton era uma pessoa muito ativa e tinha jogado rubgy. Após o problema cardíaco suas chances de sobrevivência eram entre 30% a 50%, daí os médicos terem escolhido o paciente para o implante do coração artificial. Durante os 7 anos em que usou o aparelho ele participou de várias viagens ao redor do mundo, falando sobre o aparelho e obtendo recursos financeiros para novas pesquisas.
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